Há um ano, em dezembro/janeiro, fomos partilhando com os nossos alunos e com alguns colegas que Moonlight, de Barry Jenkins, venceria o Óscar de Melhor Filme, batendo o musical La La Land, de Damien Chazelle. Não nos enganámos, ao contrário da Faye Dunaway e de Warren Beaty! Não temos dons divinatórios (Moonlight estrearia apenas em fevereiro, em Portugal), mas vamos lendo o que conta (por exemplo, a revista internacional Sight & Sound, que elegeu recentemente Get Out, de Jordan Peele, como o melhor filme de 2017, destacando ainda Call Me By Your Name, de Luca Guadagnino), vemos quem vence os prémios atribuídos no início de dezembro e sabemos que os vencedores dos Óscares são uma espécie de simbiose de mérito cinematográfico/mensagem da Academia sobre o estado do mundo ou de si própria. Por esta última razão, Moonlight era o filme de que a Academia precisava para se expurgar da exclusão quase total a que votara os artistas negros em 2015; e nunca um filme de um realizador afro-americano havia vencido os Óscares nas anteriores 88 edições. Todavia, reduzir Moonlight meramente à sua raiz seria profundamente irresponsável: o filme fora e continua justamente a ser adorado pela crítica especializada (1.º/2.º lugar em inúmeras votações e cerimónias), tendo um lugar próprio na recente História do Cinema: filme belo sobre a tríade de um homem só - sem pai, mãe, sociedade que o aceite pelo que é.
Aceitando o desafio do nosso aluno João Paulo Amorim (11.º E), decidimos, assim, prever o vencedor dos Óscares, cujos nomeados serão apenas conhecidos no dia 23 de janeiro e cuja 90.ª edição realizar-se-á no dia 4 de março. Já vimos alguns dos melhores de 2017 (como Get Out ou Good Time), mas teremos de esperar por 2018 para as restantes estreias. Não obstante, tendo em conta o supracitado, os nossos dois grandes candidatos são Lady Bird, de Greta Gerwig, e The Shape of Water, de Guillermo del Toro, filme que venceu o Leão de Ouro na última edição do Festival de Veneza, como aqui demos conta no próprio dia. Aqui ficam os trailers de ambos os filmes.
Se The Shape of Water reclama pela aceitação total do outro, num tempo em que no mundo se aprende a recusar os que são diferentes de nós, Lady Bird desvela a ânsia de independência de uma rapariga adolescente, sem desprimor pela inquebrável ligação maternal. Talvez a lição de The Shape of Water seja hoje mais urgente, mas a Academia tende a olhar para si mesma em primeiro lugar, pelo que os recentes escândalos em Hollywood devem dar o Óscar a um filme realizado por uma mulher, o que acontecerá apenas pela segunda vez na História (The Hurt Locker, de Kathryn Bigelow, venceu em 2010).
Pelas mesmas razões, Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, de Martin McDonagh, e The Post, de Steven Spielberg, com personagens femininas fortes no centro, podem aspirar à grande vitória final.
Não obstante, eis a(s) nossa(s) aposta(s): Lady Bird vencerá o Óscar de Melhor Filme, mas o mexicano Guillermo del Toro vencerá o Óscar de Melhor Realizador.
O Cinema Paulo VI deseja a todos um ótimo 2018!
Ótimo! Eu amo filmes de ação e comédia! Eu gosto muito deste tipo de filmes, eles sempre chamam minha atenção por causa da história muito divertida. Atualmente meu favorito é Apenas O Comeco é muito divertido e eu considero um bom filme para ser visto em qualquer sábado, garantindo diversão para o espectador. Eu acho que o roteiro deste filme foi muito criativo e foi uma peça chave do sucesso que teve.
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