Género: Ficção Científica
M/12
Sinopse/Comentário: Baseado no romance Do Androids Dream of Electric Sheep? (1968), de Philip. K. Dick, Blade Runner é um dos mais aclamados filmes de ficção científica de sempre, mesmo que a futurista Los Angeles de 2019 nos pareça hoje um pouco distante. Rick Deckard (Harrison Ford) é um Blade Runner, polícia reformado que é novamente chamado para retirar (eliminar) os replicants - impercetíveis andróides de feições e sentimentos humanos, vítimas de trabalho escravo - que se amotinaram contra os seus donos. Deckard cumpre a sua função quase sem hesitação, apaixonando-se entretanto por uma bela replicant, Rachel (Sean Young), que descobre assombrada a sua verdadeira natureza. Roy Batty (Rutger Hauer), o mais perfeito dos Nexus 6, já desvendara há muito a sua e procurará no seu criador a salvação para Pris, a sua amada, condenada - como todos nós - à morte programada.
A insinuada religiosidade de Blade Runner é uma das razões para a surpreendente elevação do filme, dez anos após a estreia. O filme de 1982 fora adulterado pelo estúdio e só em 1992, com o Director's Cut, foi possível aceder à prístina visão de Ridley Scott, que eliminou cenas redundantes e a voice-over de Deckard, totalmente deslocada do obscurantismo do filme, traço que evoca os film noir da década de 40. The Director's Cut (1992) é, pois, a versão decisiva, embora The Final Cut (2007) seja a preferida do próprio Scott; apenas nuances a separam da versão de 1992 e está tudo lá: o cenário futurista de LA - imagem aumentada da Metropolis (1927) de Fritz Lang -, o deslumbrante brilho fotográfico do filme, a precisa música de Vangelis e a ambiguidade dos replicants, mormente Roy, ser física, intelectual e, porventura, humanamente superior a nós. E há também Deckard e Rachel, feitos um para o outro, como infamemente é dito na versão original.
Rankings:
Sight & Sound (2012) - realizadores: 67.º
Sight & Sound (2012) - críticos: 69.º
The Village Voice (2000): 94.º
A insinuada religiosidade de Blade Runner é uma das razões para a surpreendente elevação do filme, dez anos após a estreia. O filme de 1982 fora adulterado pelo estúdio e só em 1992, com o Director's Cut, foi possível aceder à prístina visão de Ridley Scott, que eliminou cenas redundantes e a voice-over de Deckard, totalmente deslocada do obscurantismo do filme, traço que evoca os film noir da década de 40. The Director's Cut (1992) é, pois, a versão decisiva, embora The Final Cut (2007) seja a preferida do próprio Scott; apenas nuances a separam da versão de 1992 e está tudo lá: o cenário futurista de LA - imagem aumentada da Metropolis (1927) de Fritz Lang -, o deslumbrante brilho fotográfico do filme, a precisa música de Vangelis e a ambiguidade dos replicants, mormente Roy, ser física, intelectual e, porventura, humanamente superior a nós. E há também Deckard e Rachel, feitos um para o outro, como infamemente é dito na versão original.
Rankings:
Sight & Sound (2012) - realizadores: 67.º
Sight & Sound (2012) - críticos: 69.º
The Village Voice (2000): 94.º
Sem comentários:
Enviar um comentário